Remédios "antivelhice"
Vitaminas, antioxidantes e hormônios não funcionam?
Geriatras reunidos no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, no Rio, disseram que as terapias que prometem combater os efeitos do envelhecimento, através do uso de vitaminas, antioxidantes e hormônios, não tem comprovação científica de sua eficácia e ainda podem aumentar os riscos de diabetes e câncer.
Os praticantes desta área da medicina não são reconhecidos como especialistas, no entanto, não há punição para quem a pratica. Seu uso é por conta e risco do médico que os indicam, sem amparo científico de que sejam eficazes.
O uso do hormônio do crescimento (GH) é uma das terapias mais difundidas. Seu uso tem indicações muito restritas (nanismo, renais crônicos e portadores de HIV, por exemplo). Sua prescrição hojé é feita pois este aumenta o ganho de músculos e queima de gordura.
Estudos mostram que essas drogas dobram o risco do tumores de fígado e aumentam em quatro vezes as chances de os pacientes terem diabetes. Há também o relato de desenvolvimentos de acromegalia (crescimento de órgãos).
Outros tratamentos prescritos mas que igualmente não tem evidências científicas de sua eficácia são outros hormônios (como testosterona e o tireoidiano) e vitaminas (E, C e Betacaroteno). A sobrecarga dos rins é um dos riscos da ingestão desnecessária de vitaminas e no caso da vitamina E há estudos que mostram risco aumentado de câncer de próstata.
- Reposição hormonal: Não há provas de que a redução de hormônios seja a principal causa do envelhecimento. Não é recomendada para retardar envelhecimento ou prevenir doenças crônicas;
- Antioxidantes: A suplementação só deve ser feita em caso de deficiência. Vitaminas e antioxidantes devem ser receitados contra envelhecimento, câncer, ateriosclerose e doenças crônicas degenerativas;
- Bioidênticos: Os hormônios bioidênticos (iguais aos naturais em nível molecular) não devem ser indicados contra o envelhecimento e não são mais seguros que os sintéticos;
- Andropausa: A reposição de testosterona para homens só deve ser indicada em caso de deficiência. Não há evidência de que a terapia melhore desempenho físico e qualidade de vida;
- Menopausa: Reposição de estrogênio aumenta o risco de infarto e câncer e só é indicado em casos específicos;
- Tireóide: Não há evidências de que retarde o envelhecimento ou evite doenças crônicas. O uso de hormônios tiroidianos e adrenais sé devem ser repostos em case de deficiência crônica;
- Hormônio do crescimento: Só deve ser reposto em caso de deficiência clínica. Não deve ser receitado para reduzir efeitos do envelhecimento. Pode causar efeitos colaterais como diabetes e até cancêr.